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O Mecanismo de Recuperação e Resiliência – resumo e considerações gerais
A semântica do Mecanismo de Recuperação e Resiliência
A lexicometria pode ajudar a identificar os conceitos dominantes do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), os temas nele ausentes e a forma como os poderes públicos constroem uma semântica capaz de encobrir os interesses das classes dominantes na crise actual.1 Nesta dissertação deixamos algumas pistas sobre o interesse da análise semântica das directivas europeias para o entendimento dos seus objectivos políticos.
A Mundialização, de Cristóvão Colombo, Vasco da Gama e Fernão Magalhães até aos Nossos Dias
Neste estudo, Éric Toussaint percorre o período que vai do século 15 ao século 21, pondo em relevo os efeitos dramáticos da globalização capitalista.
O início da mundialização/globalização remonta às consequências da primeira viagem de Cristóvão Colombo, que em outubro de 1492 desembarcou no litoral de uma ilha do mar das Caraíbas.1 É este o ponto de partida para uma intervenção brutal e sangrenta das potências marítimas europeias na história dos povos das Américas, região do Mundo que, até essa época, se mantivera arredada de relações regulares com a Europa, a África e a Ásia. Os conquistadores espanhóis, bem como os portugueses, britânicos, franceses, holandeses,2 conquistaram as terras que apelidaram Américas,3 provocando a morte da grande maioria da população indígena, a fim de explorarem ao máximo os recursos naturais (nomeadamente o ouro e a prata)4. Simultaneamente, as potências europeias partiram à conquista da Ásia. Mais tarde completaram o seu domínio na Australásia e por fim em África.